sábado, 30 de dezembro de 2017

Homem é preso por matar a mulher a marteladas no Cabo

Em carta achada pela polícia, suspeito disse que cometeu crime 
por ordem de entidade sobrenatural
Caso ocorreu no bairro da Charneca, no Cabo
Caso ocorreu no bairro da Charneca, no CaboFoto: Google Maps/Reprodução

Um homem de 41 anos foi preso em flagrante, na manhã desta sexta-feira (29), suspeito de assassinar a companheira no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife. A vítima, de 45 anos, foi morta com duas marteladas na cabeça, durante a madrugada, enquanto dormia num sofá na residência do casal, situada no Loteamento Novo Horizonte, no bairro da Charneca. De acordo com a Polícia Civil, o agressor afirmou que cometeu o crime por ordem de uma "entidade do mal".
Após matar a mulher, ele fugiu da casa, mas deixou uma carta encontrada em diligências policiais. No texto, confessou o crime, indicou a influência de questões espirituais e disse que se suicidaria. Acabou preso às 8h30, na zona rural do município, por policiais militares do 18º Batalhão da corporação. O caso foi levado para a Delegacia da Mulher do Cabo de Santo Agostinho. O suspeito foi indiciado por feminicídio.
De acordo com a delegada Angela Patrícia, titular da delegacia, o homem e a vítima estavam juntos havia 12 anos e, preliminarmente, não há relatos de que a relação era marcada pela violência. “Estou ouvindo a filha dela, enteada dele, que se mostrou surpresa, assim como a comunidade. Nunca presenciaram ou identificaram qualquer problema com ele, mas foi indicada a questão da insanidade mental. Ele disse que estava com um problema espiritual. Sobre isso, a princípio, não podemos dizer nada. Precisaremos aguardar a conclusão da perícia”, afirmou.
Inicialmente, havia a suspeita de que a mulher havia sido morta a facadas. Após diligências na casa onde houve o assassinato, foi encontrado o martelo que está sendo apontado como a real arma do crime. “Trouxemos, mostramos e ele confirma que foi um martelo. Ele confessa o crime, atribuindo, no caso, a algo sobrenatural”, acrescentou a delegada, indicando ter sido informada pela população que, há um mês, a vítima e outras mulheres assistiram a uma palestra dela, ministrada numa escola no bairro da Charneca, acerca da violência contra a mulher. “Falamos sobre casos de violência doméstica e sobre como a mulher pode e deve denunciar. É um caso que nos comove”, relatou. 
De janeiro a novembro deste ano, segundo dados da Secretaria de Defesa Social (SDS), 268 homicídios de pessoas do sexo feminino foram registrados no Estado. Desses, 75 foram qualificados como feminicídio.(Folhape).


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