terça-feira, 26 de dezembro de 2017

'Calmo e bastante religioso', diz amiga sobre pedreiro preso por matar Remís

Estudante de 24 anos disse que é difícil acreditar que 
Paulo César praticou um feminicídio, 
mas espera que ele pague pelo que fez

Paulo César foi preso no mesmo dia em que o corpo de Remís Carla foi encontrado
Paulo César foi preso no mesmo dia em que o corpo de Remís Carla foi encontradoFoto: Arthur Mota




Amiga de infância do pedreiro Paulo César, preso por matar a universitária Remís Carla, uma estudante de Recursos Humanos de 24 anos conversou com exclusividade com o Portal FolhaPElogo após a prisão dele pelo assassinato da namorada. A mulher, que preferiu não ser identificada, contou que César, como era chamado pelos amigos na adolescência, era calmo, brincalhão e bastante religioso. Os dois cresceram juntos em Vicência, na Mata Norte do Estado. Se conheceram na Igreja Evangélica Assembleia de Deus e estudavam no mesmo colégio. Consternada, a mulher contou que é difícil acreditar no que aconteceu, mas que espera que ele pague pelo que fez.

Como você descreveria o Paulo que você conheceu? 
César era um rapaz calmo, brincalhão e muito amigo. A gente estudava no mesmo colégio e em salas diferentes, mas sempre nos reuníamos no intervalo das aulas com amigos da igreja. Ele chegou a vir na minha casa em um culto. Inclusive, nós arrecadávamos alimento para um amigo necessitado. Largávamos em torno de meio dia do colégio e por volta das 14h a gente costumava sair pelas ruas de Vicência para arrecadar alimento para esse amigo. Lembro que uma vez a gente arrecadou tanto alimento que o nosso amigo ficou quase um ano sem precisar comprar nada de tanta comida que a gente arrecadou. Eu realmente estou bem chocada.

Como era a relação dele com os amigos?
Nosso grupo tinha muitas pessoas e ele quase chegou a namorar com uma das meninas, mas os pais dela não aceitaram porque, na época, ela tinha em torno de 14 anos. 

Ele costumava se envolver em brigas?
César nunca brigou na escola e nem na igreja. Era muito calmo, amigo de todo mundo e todos gostavam de andar com ele. Nossa turminha sempre sentava junta no intervalo. Nunca vi nenhuma atitutude agressiva dele nem com os amigos e nem com a família, que a gente também tinha contato.

Por que vocês perderam esse vínculo?
Nós já estávamos com o Ensino Médio concluído quando fizemos 18 anos. A gente parou de frequentar a igreja e isso nos afastou. Ele passou a morar em outra cidade e eu permaneci em Vivência. Só via fotos dele em redes sociais e nem com ele falava mais. 

Como você reagiu ao saber que ele confessou ter matado a namorada?
Estava jantando quando recebi a foto dele em um grupo no WhatsApp, afirmando ser o principal suspeito do crime. No momento, fiquei sem chão. Até disse [à pessoa que tinha enviado] que era um mal entendido, que poderia ser qualquer outra pessoa menos ele. Estou sem acreditar no que está acontecendo.

Para você que cresceu e conviveu com ele na infância e adolescência, como é saber que ele matou uma mulher?
Não consigo sentir revolta porque sempre tive um carinho enorme por ele. Mas da mesma forma que Deus é amor, também é justiça. Que ele pague pelo o que fez.

Remís Carla Costa, 24, era estudante de Pedagogia da UFPE e foi achada morta no terreno dentro do condomínio onde vivia o namorado
Remís Carla Costa, 24, era estudante de Pedagogia da UFPE e foi achada morta no terreno dentro do condomínio onde vivia o namorado - Crédito: Arquivo pessoal


Entenda o caso
Remís Carla Costa, de 24 anos, foi achada morta, na tarde do último sábado (23), no terreno do condomínio Nova Morada, no bairro da Caxangá, Zona Oeste do Recife. No local, mora o namorado da jovem, Paulo César de Oliveira Silva, de 25 anos, que confessou ter matado a universitária. Ela tinha desaparecido desde o último domingo (17), quando teria saído da casa de Paulo César em direção à casa dos pais em Igarassu, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Paulo César foi preso sábado no município de Vicência, Zona da Mata Norte de Pernambuco,(Folhape).



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