O Partido Socialista Brasileiro (PSB) apresentou nesta quarta-feira 9 requerimento no Conselho de Ética da Câmara contra o deputado Wladimir Costa (SD-PA) por quebra de decoro parlamentar, com a acusação de abuso sexual contra uma jornalista.
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que entregou a representação ao Conselho, disse que o documento não pede uma punição específica ao parlamentar paraense. Segundo ele, essa definição caberá ao relator do caso no Conselho de Ética. A punição pode variar de uma advertência até a perda do mandato.
A liderança do Solidariedade na Câmara divulgou nota após o PSB protocolar a representação contra Costa. No texto, o Solidariedade afirma que a legenda tem como compromissos "permanentes e imutáveis o combate a qualquer tipo de desrespeito, assédio ou violência contra as mulheres e seus direitos". Na nota, o partido desaprova os termos utilizados por Costa no diálogo com a jornalista e diz que ouvirá o deputado e pedirá esclarecimentos.
No fim de julho, dias antes da votação da denúncia contra Temer na Câmara, Wladimir Costa ganhou o noticiário ao aparecer em imagens com uma tatuagem no ombro que estampava uma bandeira do Brasil e a inscrição do nome "Temer". No dia 1º, em uma conversa com jornalistas e Costa, a repórter Basilia Rodrigues, da rádio CBN, pediu que Wladimir Costa mostrasse a tatuagem. “Pra você, só se for o corpo inteiro”, respondeu.
Com a repercussão negativa do episódio, no fim de semana, o parlamentar usou as redes sociais para comentar o episódio. Costa afirmou que ninguém acreditaria em assédio sexual contra a repórter da CBN porque, na visão dele, ela "foge totalmente dos padrões estéticos que, supostamente, despertariam algum tipo de desejo em alguém". O deputado admitiu que a tatuagem era falsa e foi feita para "provocar a oposição".
Leia a íntegra da nota divulgada pela liderança do SD na Câmara:
Nota pública do Solidariedade
O Solidariedade tem entre seus compromissos permanentes e imutáveis o combate a qualquer tipo de desrespeito, assédio ou violência contra as mulheres e seus direitos. Não abona, portanto, os termos que têm vindo a público, atribuídos ao deputado Wladimir Costa, em relação à informação de assédio sexual e moral contra a jornalista Basília Rodrigues.
O Solidariedade vai ouvir o deputado para conhecer formalmente a posição dele sobre os relatos divulgados pela mídia e reforçar a determinação de respeito e seriedade com as mulheres, que sempre nortearam a atuação do nosso partido.
Direção Nacional do Solidariedade,(247).
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