domingo, 30 de julho de 2017

NO DUELO LULA-BOLSONARO, PARA ONDE VAI O PSDB?


Segundo o mais recente levantamento do instituto Paraná Pesquisas, o cenário mais provável até o momento para as eleições presidenciais é uma eleição polarizada entre a esquerda e as forças progressistas, representadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a extrema direita, que vem crescendo na figura do deputado Jair Bolsonaro (PSC). 
Num cenário de segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 38,7% a 32,3%, numa marge pequena diante da divisão ideológica que se criou no País depois do golpe parlamentar de 2016 que retirou a presidente Dilma Rousseff sem crime de responsabilidade, substituindo-a por Michel Temer, denunciado por corrupção ao Supremo Tribunal Federal e chamado de "chefe de quadrilha" pelo empresário Joesley Batista. 
O mesmo levantamento do Paraná Pesquisas mostra que o PSDB, que representa uma tradicional força política da direita brasileira, foi ferido de morte com as revelações de corrupção feitas na operação Lava Jato. O candidato principal da sigla, o senador Aécio Neves, caiu em desgraça depois que foi flagrado pedindo propina de R$ 2 milhões à JBS. Com Aécio abatido, sem chance eleitoral nem mesmo na capital do seu estado, Belo Horizonte, a candidatura tucana está sendo disputada entre o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também envolvido nas denúncias de corrupção da Lava Jato, e o prefeito de São Paulo, João Doria. Em cenários com Alckmin ou Doria como candidatos tucanos, os dois perderiam para Lula. 
Neste contexto, o eleitor brasileiro, achincalhado pela severa depressão econômica, pelo desemprego e falta de perspectivas com Michel Temer, pode ter que escolher entre dois projetos para o País completamente diferentes. O primeiro, representando por Lula, é o retorno do Estado como indutor do desenvolvimento, das políticas sociais, dos direitos dos trabalhadores, e da defesa dos interesses e da soberania nacional. O segundo, representado por Bolsonaro, está simbolizado no conservadorismo extremo, na intensificação da agenda liberal implementada no governo Temer, e no ataque às garantias das minorias e das camadas mais pobres da população. 
A grande questão é: neste cenário de projetos definidos, que caminho trilhará o PSDB? O partido que há anos movem uma campanha de ódio contra Lula se vê suplantado por um candidato muito mais à direita. 
Dobraria o PSDB mais à direita e seria coautor da ascensão de Bolsonaro, ou apoiaria Lula, num pacto inédito para permitir a governabilidade e livrar o País da ameaça do radicalismo. Ou simplesmente lavaria as mãos, depois de tudo o que fez para tornar o Brasil na situação em que se encontra?
Para onde voariam os tucanos? (247).

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