domingo, 23 de julho de 2017

Fazer da campanha eleitoral o caminho de restauração da democracia


Para os partidos tradicionais, as eleições são o momento de definição sobre quem vai dirigir o Estado. Quando estão comprometidos com programas profundamente antipopulares, as eleições são um incômodo, tratam de diminuir o tempo das campanhas, diminuir o número de eleições, tratam de que os governantes eleitos o sejam por mecanismos menos democráticos e tenham menos poder.
As campanhas eleitorais, para o campo popular, para os partidos de esquerda, para os movimentos sociais, ao contrário, não são apenas momentos de disputa pelo governos, mas também processos de mobilização, de difusão da consciência das pessoas, de organização da cidadania. Hoje, desatar imediatamente a pré-campanha, como faz o ex-presidente Lula com a primeira caravana do Nordeste, a partir do dia 20, é colocar em movimento, de forma sistemática e ininterrompida, esse processo democrático de discussão, com as mais amplas camadas do povo, da situação e das alternativas do Brasil para superar a mais profunda e prolongada crise que vive o país.
Não existe defesa abstrata da democracia, nem defesa da democracia separada do resgate concreto para o país recuperar o direito de eleger seu presidente. Não se trata de suspender as lutas atuais ou subordina-las à campanha eleitoral, mas de saber fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Até porque as lutas de resistência ao pacote antipopular do governo golpista só vão encontrar solução com um governo eleito pelo povo. E, ao mesmo tempo, a campanha eleitoral reforçará todas as lutas de resistência popular contra o governo.
Separar um tipo de luta do outro é separar as lutas reivindicativas das lutas politicas e separar estas das lutas pelos direitos da massa da população atingidos pelo governo golpista. E desta vez a antecipação da campanha eleitoral não é uma postura eleitoralistas, que subordina tudo às eleições mas, ao contrario, dar substancia econômica, social, política e cultural à campanha eleitoral. Porque ao mesmo tempo em que ela se desenvolve, se discutem as plataformas e as estratégias de restauração da democracia.
E quando Lula critica os que se restringem só a posturas criticas, que nunca fizeram experiências de governo e não conhecem os desafios de construir blocos sociais e políticos que permitam o sucesso de governos populares, está se referindo a isso. E Lula fala do alto da experiência de maior sucesso nas transformações democráticas do Brasil.
Vinda de alguém como Lula, representa a transmissão a toda a esquerda das lições de quem soube construir as forças que tornaram possível os governos mais importantes da historia do país. Lula diz não apenas que é preciso ter maioria social e política para poder governar, como se isso não se faz, não se governa de forma democrática, para a grande maioria e com o apoio da grande maioria.
A garantia do resgate da democracia começa agora, lançando a candidatura de Lula, incendiando o país, com debates, mobilizações, com incorporando de novos setores à luta, com construção democrática de plataformas. Para impor a política sobre as tentativas de desqualificação jurídica da do direito, é preciso circular o tempo todo, pelo país inteiro, com a mensagem da esquerda, de que Lula é a melhor voz.
Quem não entendeu o sucesso de Lula, quem não decifra o enigma Lula não entende o Brasil. Lula representa hoje não apenas um projeto de superação da crise, mas também o resgate da participação popular, da democracia. Seu direito a ser candidato é um direito político fundamental do povo brasileiro. Sua candidatura representa a retomada do mais importante projeto político da nossa história.
Os próximos meses de campanha serão os decisivos para construir a forca política nacional para reconquistar a democracia e o direito de um bloco popular voltar a dirigir o Estado brasileiro. Foi uma duríssima derrota o golpe contra a democracia, contra as forcas populares, contra a esquerda. Mas se conseguiu conquistar de novo o direito de disputar a direção do país.
Nem desligar a conjuntura do início da campanha das eleições, nem ficar na crítica crítica, sem plataforma, sem alianças, sem candidatos com liderança nacional. Ao contrário, lutar pelo direito de Lula ser candidato, participar com ele nas caravanas por todo o Brasil, intensificar e ampliar as lutas de resistência contra o pacote antipopular do governo, melhorar muito as formas de luta de ideias e de propaganda da visão do país da esquerda. Assim estaremos fazendo da campanha eleitoral o caminho da restauração da democracia no Brasil.(247).


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