A greve geral desta sexta-feira
27, que paralisou escolas, bancos e transportes em todas as capitais do País,
já produziu resultados práticos. A reforma trabalhista, que praticamente mata
direitos consagrados na CLT, não será chancelada de forma automática pelo
Senado. Quem avisa é o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), líder do PMDB e
ex-presidente da Casa.
"Uma discussão dessa
importância, num momento de desemprego agudo como o atual, não pode ser votada
de atropelo, na calada da noite", disse Renan ao 247.
Num discurso no Senado, na
tarde de ontem, Renan afirmou que Michel Temer tenta fazer a reforma do
"dá ou desce" – ou os empregados aceitam as condições impostas pelos
patrões ou buscam outro emprego. "Isso é inaceitável".
Segundo ele, as paralisações
desta sexta-feira foram muito fortes em todo o País, o que impõe a necessidade
de diálogo. "Nós vamos chamar os trabalhadores e cada uma das centrais
sindicais para discutir todos os pontos da reforma", disse ele.
Renan afirmou ainda que a
experiência internacional demonstra que, onde houve retirada de direitos e
garantias sociais, não se viu nenhum aumento significativo dos empregos.
"Ao contrário, só houve precarização". (247).
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