segunda-feira, 10 de abril de 2017

DILMA: “TODAS AS POLÍTICAS SOCIAIS ESTÃO EM RISCO”


A ex-presidente Dilma Rousseff voltou a defender a democracia nesta segunda-feira 10, durante a conferência "Os desafios da democracia no Brasil", realizada na Brown University, em Promenade, nos Estados Unidos.
Em sua fala, Dilma afirmou que a democracia é a única forma para se chegar às transformações no Brasil. "É a democracia que possibilita todas as transformações possíveis no Brasil. "Foi esse caminho democrático que permitiu as mudanças", declarou a uma plateia formada principalmente por estudantes brasileiros.
Segundo ela, com a troca de poder no Brasil após um golpe parlamentar, que a tirou da presidência, hoje comandada por Michel Temer, "todas as políticas sociais" promovidas nos últimos 13 anos estão em risco. Ela destacou a aprovação da chamada PEC do Teto dos Gastos, que congela gastos sociais pelas próximas duas décadas, e definida por ela como "camisa de força".
A proposta, explicou Dilma, "congela gastos em saúde e educação", "tirando o pobre do orçamento" e "determinando como é que os próximos governos devem gastar".
Para a ex-presidente, o governo Temer vive atualmente uma "grande contradição": "Se eles não entregarem as reformas que prometeram, perdem o apoio de parte da mídia e do mercado. Se entregarem, se autodestroem diante da população".
Dilma falou sobre as principais causas do golpe: "estancar a sangria", em referência à Operação Lava Jato, e alterar a política social. "A razão principal é fazer com que o Brasil tenha um estado mínimo, não tenha conteúdo nacional, não tenha proteção de suas riquezas nem enquadramento social", disse.
A petista também comentou a suspensão, pelo governo Temer, do programa Ciências Sem Fronteiras, que enviava estudantes brasileiros para estudar em universidades no exterior. "Isso é um absurdo, uma cegueira, podiam adaptar, alterar, mas cancelar é absolutamente imperdoável", criticou.
Sobre as eleições de 2018, Dilma voltou a defender a candidatura de Lula: "Em 2018, é hora de construir um pacto social. Quem ganhar a eleição ganhou, você tem que reconhecer. O que não vale é tirar no 'tapetão' um candidato que pode ganhar. Vocês sabem de quem eu estou falando." (247).

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