(Por Roberto Samora)
Sob o comando de Pedro Parente, a Petrobras
formalizou, nesta quarta-feira 1, a venda de campos do pré-sal, já em operação,
para o grupo francês Total.
A empresa estatal, no entanto se nega a esclarecer
como foi feita a avaliação de seus ativos (leia mais aqui).
O negócio envolve os campos de Iara e Lapa.
Na imprensa francesa, as operações foram
retratadas como extremamente vantajosas para a Total (leia mais aqui).
Sindicatos e geólogos têm tentado anular na
Justiça o feirão de Parente na Petrobras (leia mais aqui).
Abaixo, reportagem da Reuters:
SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras e a francesa Total assinaram na terça-feira
contratos relacionados à Aliança Estratégica firmada em dezembro do ano
passado, que envolvem 2,2 bilhões de dólares, de acordo com comunicados desta
quarta-feira.
"Com as transações firmadas ontem, a Total
pagará à Petrobras o valor global de 2,225 bilhões de dólares, composto de
1,675 bilhão de dólares à vista, pelos ativos e serviços...", disse a
estatal.
O acordo também prevê uma linha de crédito que
pode ser acionada pela Petrobras no valor de 400 milhões de dólares,
representando parte dos investimentos da Petrobras nos campos da área de Iara,
além de pagamentos contingentes no valor de 150 milhões de dólares, segundo a
nota.
Entre os contratos firmados na véspera está a
cessão de direitos de 22,5 por cento da Petrobras para a Total na área da
concessão denominada Iara (pré-sal), no Bloco BM-S-11.
O acordo também inclui cessão de direitos de 35
por cento da Petrobras para a Total, assim como a operação, na área da
concessão do campo de Lapa, no Bloco BM-S-9, ficando a Petrobras com 10 por
cento. O campo de Lapa, também no pré-sal, encontra-se em fase de produção.
Além da venda de direitos nessas áreas do
pré-sal, o acordo envolve compartilhamento de terminal de regaseificação,
transferência de fatias em térmicas, entre outros negócios.
Os contratos assinados selam a Aliança
Estratégica entre as duas companhias, criando ainda novas parcerias nos
segmentos de upstream (produção) e downstream (distribuição), juntamente com o
fortalecimento da cooperação tecnológica que abrange as áreas de operação,
pesquisa e tecnologia.(247).
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