Um dos principais articuladores do golpe que destituiu a
presidente Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves afirmou que é preciso salvar a
política. a afirmação foi feita, no entanto, tentando salvar a própria pele,
enquanto defendia a tese de que o tratamento para o caixa dois eleitoral deve
ser distinto daquele para enriquecimento pessoal.
As informações são de reportagem da Folha de S.Paulo.
"'Um cara que ganhou dinheiro na Petrobras não pode ser
considerado a mesma coisa que aquele que ganhou cem pratas para se eleger',
continuou Aécio, em defesa da tese de que caixa dois para financiar campanhas
eleitorais deve ser diferenciado do crime praticado por quem obteve recursos
para enriquecer pessoalmente.
O discurso fazia eco à recente nota do ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso que, em defesa do próprio tucano, afirmou que era importante
fazer "distinções" entre quem recebeu recursos de caixa dois e quem
obteve dinheiro para enriquecer.
Segundo FHC, esses são "dois atos, cuja natureza penal há
de ser distinguida pelos tribunais" e que o segundo método é 'crime puro e
simples de corrupção'."
Aécio foi delatado por Benedicto Júnior, número dois da
Odebrecht, que disse ter doado dinheiro por fora a ele e alguns candidatos como
o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).
O presidente do PSDB também foi delatado por comandar um esquema
de propinas na construção da Cidade Administrativa de Minas Gerais. (247).
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