segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Mosca da fruta deixa produtores do Vale do São Francisco em alerta


Os produtores do Vale do São Francisco es­­tão preocupados com a chegada do verão. As altas temperaturas podem aumentar os índices de infestação da mosca da fruta nos pomares. Os insetos são verdadeiros vilões e podem trazer prejuízos para as exportações, se não forem devidamente monitorados. Pernambuco, através de Petrolina, tem se destacado na exportação de frutas no Brasil, responsável por produzir 90% de toda manga in natura e 95% de uva de mesa do País. As frutas são destinadas a mercados exigentes, como Japão e países da Europa.
As moscas da fruta ainda são um grande impasse para os produtores. Além dos custos com o pós-colheita, existem os gastos com a inspeção internacional”, diz Jair Virgínio, presidente da Moscamed – empresa responsável pelo monitoramento na região. Trinta e três mil hectares produzem manga para os mercados externo e interno. Do total, 20% vão para fora. Os Estados Unidos, por exemplo, exigem que o índice que mede o nível de infestação de mosca-da-fruta nos pomares (o chamado MAD), não pode ser maior que 1. Atualmente, a média do MAD está em 7. “Isso está acontecendo porque estamos no fim da safra, o que quer dizer que os produtores estão deixando mais frutas nos pomares, dando margem para a infestação”, explica.
A propagação da praga acontece também quando o preço das frutas no mercado externo não está competitivo. “Quando o produtor é pouco remunerado, a tendência é que ele cuide menos da sua plantação. Com o preço despencando, ele não faz sequer a colheita”, frisou. Virgínio destacou ainda que, esta semana, a remuneração no mercado interno estava R$ 0,20 por quilo, enquanto que o externo pagava  um euro por quilo. Mesmo com valores discrepantes, reforçou o presidente, ambos são baixos e nada animadores.
Conforme a gerente de defesa e inspeção vegetal da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), Raquel Melo de Miranda, atualmente é feito monitoramento por meio de 1,3 mil armadilhas. O objetivo é realizar leitura semanal para medir índice de infestação. “Mesmo com a fiscalização, ainda permanece alto o índice populacional da mosca, sobretudo no final da safra. O momento é mais delicado e exige cautela”, ponderou.
Monitoramento
Apesar de ter o maior programa de monitoramento para este tipo de praga do País, com 18 mil hectares do total de mangas e uvas, um produtor, que preferiu não se identificar, relatou atraso de seis meses na execução das diretrizes do programa. “Fomos prejudicados porque não hou­ve continuidade. Acabou em dezembro de 2015 e só retomou em junho deste ano. E, para piorar, o lado produtivo baiano não faz o controle e complica ainda mais nossa situação”, relatou. O Governo de Pernambuco executa o programa com recursos da União. Do total de hectare observado, 5 mil são bancados pelos próprios produtores e 13 mil pelo Estado, por se enquadrarem no estatus baixa renda.
Sobre isso, Raquel Melo justificou dizendo que a paralisação aconteceu em função da falta de recursos por parte do Ministério da Agricultura. No entanto “no fim deste mês, eles liberaram R$ 1,5 milhão para um convênio das moscas da fruta. O próximo passado é fazer um termo aditivo e levar as garantias até junho do próximo ano. Depois disso, vamos tentar conseguir mais recursos”, afirma. A defesa dos produtores é para que haja continuidade e intervenções integradas com os demais Estados. “Já existe a ideia de fazer um programa integrado por meio de um plano nacional”, adianta a gerente da Adagro. (fonte/foto: Folha de PE) Fonte: Carlos Britto


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