sexta-feira, 15 de maio de 2015

POLO NAVAL NA EXPECTATIVA DA VISITA DE DILMA AO EAS



A presidente Dilma Rousseff desembarca pela segunda vez em Pernambuco em menos de 20 dias. A visita tem como objetivo oficial o lançamento ao mar do petroleiro André Rebouças e o batismo do navio Marcílio Dias, construídos pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS). A vinda de Dilma também marca uma tentativa de retomada de agenda positiva por parte do governo, que enfrenta problemas com o ajuste fiscal, desemprego e o controle da inflação. Em sua última passagem pelo Estado, Dilma participou da inauguração da fábrica da Jeep, pertencente ao grupo Fiat Chrysler Automobile.

A visita da presidente está cercada de expectativas. O polo naval pernambucano vem enfrentando uma série de dificuldades desde que a Sete Brasil, empresa criada para o fornecimento de navios sondas à Petrobras, ficou sem dinheiro e sem poder obter financiamento desde que foi citada nas investigações da Operação Lava Jato, que apura casos de desvios e corrupção na Petrobras.

Desde então o EAS, que teria a receber entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões da Sete Brasil, já acumula dividas que somam cerca de R$ 3 bilhões. Nesta semana, o grupo japonês IHI, sócio do empreendimento juntamente com a Queiroz Galvão e Camargo Corrêa, ambas citada na Lava jato, admitiu que poderá ter prejuízos da ordem de R$ 730 milhões.

As demissões desde que as dificuldades começaram alcançaram 1,4 mil trabalhadores diretamente ligados ao empreendimento O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Pernambuco (Simmepe) estima que outros 2 mil postos de trabalho ligados ao setor foram fechados nos últimos meses. O setor naval pernambucano já empregou cerca de 11 mil trabalhadores, número que foi reduzido atualmente para cerca de 5,6 mil.

A visita de Dilma porém também é cercada de expectativas positivas em relação a uma retomada das ações voltadas para o setor naval. Nesta quinta-feira, ela terá uma reunião com executivos da IHI, Kawasaki e Mitsubishi, que investiram mais de R$ 1 bilhão em três estaleiros no país – EAS, Enseada e Rio Grande – para possíveis soluções para a crise do setor.

Os executivos esperam a garantia de que a Petrobras vá assegurar a demanda por sondas e que a Sete Brasil irá honrar suas dívidas.A empresa Sete Brasil, principal fornecedora da Petrobras na exploração do pré-sal, encaminhou a seus credores proposta de mudança completa no perfil da companhia. O plano custará R$ 1,2 bilhão aos sócios da companhia, que hoje deve R$ 12 bilhões R$ 12 bilhões com bancos nacionais e estrangeiros.

O EAS já notificou a Sete Brasil que tem US$ 1 bilhão a receber e espera que a pendência seja levada em conta em qualquer reorganização. (Pernambuco 247)


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