No ano 245 d.C., o teólogo Orígenes repudiava a ideia de se festejar o nascimento de Jesus “como se fosse um Faraó”.
Há inúmeros testemunhos de como os primeiros cristãos valorizavam cada
momento da vida de Jesus Cristo, especialmente sua Paixão e Morte na
Cruz. No entanto, não era costume na época comemorar o aniversário e
portanto não sabiam que dia havia nascido o seu Senhor. Os primeiros
testemunhos indicam datas muito variadas, e o primeiro testemunho direto
que afirma que Jesus Cristo nasceu no dia 25 de Dezembro é de Sexto
Júlio Africano, no ano 221.
De acordo com o almanaque romano, a
festa já era celebrada em Roma no ano 336 d.C. Na parte Oriental do
Império Romano, comemorava-se em 7 de janeiro o seu nascimento, ocasião
do seu batismo, em virtude da não-aceitação do Calendário Gregoriano. No
século IV, as igrejas ocidentais passaram a adotar o dia 25 de dezembro
para o Natal e o dia 6 de janeiro para Epifania (que significa
“manifestação”). Nesse dia comemora-se a visita dos Magos.
Segundo estudos, a data de 25 de
dezembro não é a data real do nascimento de Jesus. A Igreja entendeu que
devia cristianizar as festividades pagãs que os vários povos celebravam
por altura do solstício de Inverno.
Portanto, segundo certos eruditos, o dia
25 de dezembro foi adotado para que a data coincidisse com a
festividade romana dedicada ao “nascimento do deus sol invencível”,
que comemorava o solstício do Inverno. No mundo romano, a Saturnália,
festividade em honra ao deus Saturno, era comemorada de 17 a 22 de
dezembro; era um período de alegria e troca de presentes. O dia 25 de
dezembro era tido também como o do nascimento do misterioso deus persa
Mitra, o Sol da Virtude.
Assim, em vez de proibir as festividades
pagãs, forneceu-lhes simbolismos cristãos e uma nova linguagem cristã.
As alusões dos padres da igreja ao simbolismo de Cristo como “o sol de justiça” (Malaquias 4:2) e a “luz do mundo” (João 8:12) expressam o sincretismo religioso.
Paganismo
As evidências confirmam que, num esforço
de converter pagãos, os líderes religiosos adotaram a festa que era
celebrada pelos romanos, o “nascimento do deus sol invencível” (Natalis Invistis Solis), e tentaram fazê-la parecer “cristã”.
Para certas correntes místicas como o Gnosticismo, a data é
perfeitamente adequada para simbolizar o Natal, por considerarem que o
sol é a morada do Cristo Cósmico. Segundo esse princípio, em tese, o
Natal do hemisfério sul deveria ser celebrado em junho.
Há muito tempo se sabe que o Natal tem
raízes pagãs. Por causa de sua origem não-bíblica, no século 17 essa
festividade foi proibida na Inglaterra e em algumas colônias americanas.
Quem ficasse em casa e não fosse trabalhar no dia de Natal era multado.
Mas os velhos costumes logo voltaram, e alguns novos foram
acrescentados. O Natal voltou a ser um grande feriado religioso, e ainda
é em muitos países. (Fonte: Wikipedia)
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