O Brasil se converterá num dos maiores
exportadores de petróleo e um dos principais produtores de energia do
mundo, assegura a Agência Internacional da Energia (AIE) em um relatório
divulgado nesta terça-feira (12). Para 2035, a produção petroleira do
Brasil triplicará e alcançará seis milhões de barris diários (mbd),
contribuindo com um terço do crescimento da produção líquida mundial, e
transformando-se no sexto maior produtor de petróleo do mundo.
Atualmente, entre os maiores estão, Arábia Saudita, Rússia, Estados
Unidos, China, Canadá, Irã e Emirados Árabes.
Da mesma forma, a produção de gás
quintuplicará, o que permitirá cobrir até 2030 as necessidades do país,
apesar do consumo crescer exponencialmente, assegura o relatório. No
entanto, a AIE adverte que dadas as difíceis condições de extração de
petróleo em águas profundas, o custo da produção será superior a de
outras regiões como o Oriente Médio e a Rússia.
Parte dos investimentos necessários
procederá da Petrobras, o que colocará à prova a capacidade da companhia
estatal de dedicar suficientes recursos em um enorme e variado programa
de investimentos. A isso se soma o compromisso de que os bens e
serviços sejam locais, o que não fará mais que pressionar uma cadeia de
fornecimento já por si limitada.
O Brasil necessitará investir cerca de
US$ 90 bilhões anuais para poder garantir o consumo energético do país,
segundo a AIE. As abundantes e diversas fontes energéticas cobrirão 80%
do aumento de consumo energético do país, incluindo o acesso universal à
eletricidade.
No caso da geração elétrica, a AIE
recomenda o sistema de leilões para proporcionar novo capital ao setor
energético e evitar pressionar o preço final pago pelo consumidor. “O
desenvolvimento de um mercado de gás eficaz, atraente para novos atores,
pode ajudar a fomentar os investimentos e melhorar a competitividade da
indústria brasileira”, afirma o relatório.
O Brasil, um dos líderes mundiais das
energias renováveis, também espera praticamente duplicar até 2035 a
produção de energias limpas, mantendo sua participação de 43% do total
da matriz energética. A energia hidráulica, que é a principal fonte
energética do Brasil, apesar de tender a declinar, se soma ao peso
preponderante que estão adquirindo outras fontes, como a eólica, o gás
natural e a bioenergia.
O Brasil é o segundo produtor mundial de
biocombustíveis e sua produção, principalmente à base de etanol
produzido da cana de açúcar, triplicou. As áreas de cultivo são mais que
suficientes para acomodar este aumento da produção sem atingir áreas de
meio ambiente sensíveis.
Até 2035, os biocombustíveis cobrirão
quase um terço da demanda interna do transporte por rodovia e as
exportações implicarão 40% do comércio mundial desse tipo de combustível
de origem vegetal, assegura o documento. As informações são do G1.
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