A
presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (11) durante
entrevista em Lima (Peru) que fará “substituições” de ministros em razão
da campanha eleitoral. Vários titulares do ministério devem se
desincompatibilizar para poder concorrer em 2014. Pela lei eleitoral, os
ministros têm de sair até seis meses antes do pleito.
Dilma já tinha afirmado em setembro ao
jornal “Zero Hora” que faria uma reforma ministerial em razão da
eleição. No último dia 8 de outubro, o blog do jornalista Gerson
Camarotti informou que a presidente deve usar a reforma ministerial,
prevista para o final do ano, para reforçar as alianças políticas com
vistas à eleição.
Nesta segunda, um jornalista observou
que era “muito possível” que ministros deixassem o governo em razão da
campanha, com o que a presidente concordou: “É muito possível”.
Em seguida, perguntada se conduzirá o
governo no último ano de mandato com os secretários-executivos no lugar
dos ministros que sairão para concorrer, afirmou que não. “Não, não,
não. Eu vou fazer substituições”, respondeu. Indagada se as
substituições seriam “efetivas”, disse: “Agora, já dei essa notícia”.
A presidente não quis falar sobre as
declarações do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) e do
antecessor dele, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD. Haddad
afirmou ao jornal “Folha de S.Paulo” que encontrou uma situação de
“descalabro” ao assumir a prefeitura. Kassab respondeu que “descalabro”
foi o primeiro ano da gestão de Haddad.
“Eu estou aqui numa visita de Estado e
vocês estão perguntando de eleição?”, afirmou, no Palácio de Governo do
Peru, onde manteve encontro com o presidente Ollanta Humala. (G1)
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