O
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse hoje (16) que a chegada dos
médicos estrangeiros nas comunidades pobres do país vai estimular a
melhora da infraestrutura nas unidades de saúde. “O maior obstáculo era
ter o médico. Construir a unidade de saúde, equipá-la e mantê-la
reformada é uma ação que o município fica estimulado a fazer quando vê
que nós conseguimos garantir um médico para atender aquela população”,
declarou o ministro, que participou da cerimônia de abertura da Semana
Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho da Mercedes-Benz, em São
Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
Padilha citou situações que viveu quando
trabalhou como médico na Amazônia. O ministro foi supervisor de um
núcleo da Universidade de São Paulo (USP), atuando em comunidades
amazônicas, e conta que percebeu que a chegada dos médicos atraiu
desenvolvimento para a região.
“Não tinha nenhuma estrutura nos lugares
onde trabalhamos. A presença de médicos lá estimulou o município,
outras universidades e organizações a montar estrutura. Uma aldeia
indígena não tinha nada, hoje tem centro cirúrgico, ambulatório para
tratamento. A cidade de Santarém (PA) não tinha uma faculdade. Hoje tem a
faculdade de medicina, que é um grande hospital regional”, disse.
O ministro informou ainda que todos os
municípios participantes do Programa Mais Médicos usarão recursos do
Ministério da Saúde para reforma, ampliação e construção de unidades de
saúde.
Segundo cronograma do ministério, o
início do trabalho dos profissionais do programa está previsto para o
dia 23. De acordo com o ministro, as inscrições para os interessados em
participar do programa serão abertas mensalmente, prioritariamente para
médicos brasileiros. Padilha ressaltou que os estrangeiros podem ocupar
apenas as vagas não ocupadas pelos profissionais brasileiros. “Aos
poucos, vamos poder mostrar o programa, mostrar que ele não tira emprego
de nenhum médico brasileiro”, destacou.
Nesta semana, disse o ministro, está
programada a seleção dos médicos estrangeiros que se inscreveram no
segundo mês do Mais Médicos. Eles poderão optar pelas cidades onde
querem trabalhar. “O Mais Médicos é um primeiro passo de uma longa
caminhada para fazer uma mudança profunda na realidade da saúde da nossa
população, mas é o passo mais corajoso”, disse.
Blog do Bill Art´s