Nesta terça-feira (20), a TV Clube
divulgou flagrantes de regalias que estariam sendo oferecidas ao médico
José Sylvio Boudoux Silva na Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá
(PE). Preso em 2003 durante a Operação Bisturi, ele é acusado de
participar da máfia de tráfico de órgãos.
De acordo com a denúncia, Boudoux ocupa
não uma cela, mas uma sala exclusiva na diretoria da unidade prisional,
com autorização por escrito do comandante Benício Caetano da Silva
Júnior para ter acesso ao frigobar e ao telefone. As imagens mostram
quando agentes entram na sala e questionam a presença do detento, que
exibe o documento. A sala conta com cama exclusiva, armário e pode ser
trancada a chave por dentro.
O médico é acusado de integrar uma
organização criminosa que foi desarticulada pela Polícia Federal. O
Diario de Pernambuco denunciou o caso com exclusividade e revelou os
detalhes da atuação da quadrilha, bem como a situação das vítimas. O
grupo seria liderado pelo israelense Gedalya Tauber, que teria aliciado
cerca de 30 pernambucanos para venderem seus rins. O ex-oficial do
Exército israelense foi preso no Aeroporto de Fiumicino, em Roma, na
Itália, em junho deste ano.
No dia 23 de setembro de 2012, o
israelense de 77 anos, estaria livre da sua condenação por ter chefiado o
esquema internacional que foi responsável por aliciar pessoas no Recife
para venderem seus rins na África do Sul. Autorizado pela Justiça, ele
deixou o Brasil em janeiro de 2009 e deveria retornar em 30 dias. Não
voltou e voltou a ser procurado pela justiça. Após a nova prisão, a
Polícia Federal de Pernambuco solicitou a extradição para que o
israelense responda pelos crimes em Pernambuco. As informações são do
Diario de Pernambuco.
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