O
prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), deu provas de que sua
decisão de não mais permitir o abate de animais bovinos no matadouro
municipal é definitiva. Após solenidade de assinatura, em seu gabinete,
de um convênio com a Caixa Econômica para a construção de mais mil
unidades do programa “Minha Casa, Minha Vida”, na manhã de ontem (11),
Lóssio manteve o posicionamento ao falar sobre o assunto à imprensa.
De acordo com o gestor, os petrolinenses
não podem ficar financiando o lucro de alguns marchantes (comerciantes
de carne), enquanto o município apresenta um grande déficit com a
atividade. “Desde a extinção da Empa (empresa municipal que administrava o matadouro) isso já era discutido”, argumentou.
Lóssio afirmou também que quase nenhum
marchante da região traz seu gado para ser abatido no matadouro, uma vez
que a maioria dos animais vem de estados como Goiás e Maranhão.
Novo matadouro
O prefeito argumentou que ainda se parte
da carne abatida fosse distribuída pelos marchantes, ainda haveria uma
possibilidade da prefeitura ajudar. Mas como essa hipótese não existe, a
ideia é de que os bovinos sejam mesmo encaminhados para o matadouro de
Juazeiro. Sobre isso, Lóssio ressaltou ter conversado com o secretário
estadual Ranilson Ramos (Agricultura e Reforma Agrária) no sentido deste
tentar um acordo para que o Governo da Bahia permita o abate de bovinos
da região em Juazeiro – o que hoje não é possível devido à barreira
sanitária entre os dois estados.
Ele também admitiu que a prefeitura
pretende vender o matadouro municipal para construir um novo destinado
apenas ao abate de caprinos e ovinos. “Essa é a vocação da nossa região”,
disse. No entanto, descartou que pretende privatizar o equipamento. O
projeto de lei n° 034, referente à venda do matadouro, foi enviado pelo
prefeito em novembro de 2012. (Fonte: Grande Rio AM)