domingo, 17 de março de 2013

Semana Santa



Uma das mais importantes datas do mundo Cristão se aproxima, a “Semana Santa”, por este motivo enviamos este pequeno resumo sobre está transcendental semana.

Origem da Semana Santa

A origem da festa está nos costumes judaicos. Inicialmente era a festa da passagem das pastagens. O rebanho era levado de um pasto fraco para um pasto de capim viçoso. Chamava-se "Dia da Páscoa". Esta festa existe antes de Moisés. Ela se combinou com a festa dos ázimos expressando o momento em que o povo de Israel passou para a agricultura, e então celebrava esta festa no princípio da colheita. O texto fundamental da narrativa da páscoa judaica está no livro do Êxodo (12, 1-13) e descreve a luta de Javé pela libertação de seu povo da escravidão do Egito, para levá-lo sobre suas asas ao encontro do Sinai e da Aliança. É uma festa de família, celebrada na noite de lua cheia no início da primavera, no 14º dia do mês das espigas, que depois do exílio, passou a se chamar Nisan.

Independentemente de um dia certo da semana e, em Roma, na maior parte das igrejas, o mistério era comemorado no domingo seguinte ao 14 de Nisan. Essa controvérsia quanto à data correta de comemoração do Mistério Pascal dificultava a unificação da Igreja.

A fim de diminuir as disputas sobre essa data, em 325, o Concílio Ecumênico de Nicéia prescreveu que a Páscoa deveria ser celebrada no domingo depois da primeira lua cheia da primavera daquele hemisfério, evitando assim, que ela fosse comemorada no mesmo dia da Páscoa judaica. Mais tarde, surgiu a necessidade de estabelecer uma data para essa comemoração, em função do estreitamento dos povos das mais diversas regiões.

Por causa disso, o Concílio Vaticano II estabeleceu um código que tinha como objetivo dar à festa da Páscoa um Domingo determinado e estabelecer um calendário fixo.

A partir de então, em Jerusalém, teve início a celebração do martírio de Cristo em três dias consecutivos e foi chamado de TRÍDUO PASCAL. Este termo deriva do latim "tres dies", ou seja, três dias dedicados a celebrações e orações especiais. Na liturgia romana, o tríduo mais importante é o pascal, formado pela Quinta Feira, Sexta Feira e Sábado que antecedem a celebração da Páscoa da Ressurreição, e por isso são seguidos do adjetivo "Santo".

Sexta-feira da Paixão passou a ser o dia dedicado ao sacrifício e morte de Jesus, Sábado de Aleluia o dia consagrado ao luto, e Domingo de Páscoa a festa da ressurreição.

Um decreto papal estabeleceu o Domingo da Ressurreição como a data mais importante do ano eclesiástico. Ele é celebrado sempre no domingo seguinte à primeira lua cheia da primavera no Hemisfério Norte e do outono no Hemisfério Sul.

Depois de Jerusalém, diversas comunidades cristãs adotaram a Semana Santa, que, hoje em dia, começa sete dias antes da Páscoa, com o Domingo de Ramos, que comemora a entrada de Jesus em Jerusalém, saudado pelo povo com ramos de árvores.

Na quinta-feira é celebrada a Última Ceia, a última noite que Jesus passou com os discípulos.

A primeira celebração da Semana Santa pelos cristãos foi em 1.682. Desde então, festejam-se em oito dias a paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

SEMANA SANTA

Tem início no domingo de Ramos e termina no tríduo pascal, sendo, portanto, a última semana do tempo quaresmal. Seu desenvolvimento deve-se, sobretudo, à exigência de testemunhar os eventos da Paixão de Cristo. Sta. Etéria, que viveu no final do século IV, descreve em seu livro "Itinerarium" a rica liturgia que se desenvolveu em Jerusalém, teatro das últimas horas de vida do Redentor, e compreende o intervalo de tempo que vai do domingo de Ramos à Páscoa. Na Idade Média essa semana era chamada de "semana dolorosa", porque a Paixão de Cristo era dramatizada pelo povo, mais que celebrada "no mistério", pondo em destaque os aspectos do sofrimento e da compaixão emotiva, talvez com prejuízo do aspecto salvífico e da vitória da ressurreição sobre a morte.

Atualmente, muitas igrejas gostam dessa tradição, que se desenrola com ricas procissões, representativas das pessoas e dos eventos que acompanharam a Paixão de Jesus. As sagradas representações da Paixão são autênticas dramatizações desenvolvidas a partir do século XII, muitas vezes acompanhadas de composições musicais. Músicas próprias, comemorativas da Paixão, exprimem-se segundo o esquema "dos oratórios" de Bach, Haendel, Perosi e Mozart.

As principais celebrações da semana santa são:

DOMINGO DE RAMOS, "DE PASSIONE DOMINI": celebra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, poucos dias antes de sua paixão: "... a numerosa multidão que viera para a festa (páscoa hebraica) ouviu dizer que Jesus estava chegando a Jerusalém. Saíram-lhe ao encontro com ramos de palmeiras, exclamando: Hosana! Bendito quem vem em nome do Senhor, o rei de Israel!" (Jo 12,12-13).

Antigamente, na manhã da Quinta Feira Santa celebrava-se o rito da reconciliação dos penitentes que já haviam cumprido todo o itinerário penitencial, segundo uma rígida disciplina, pelos pecados graves que os tinham excluído da participação da eucaristia. Já na quarta-feira de cinzas, o bispo lhes tinha imposto o cilício; depois, permaneciam reclusos até a Quinta Feira Santa e absolvidos; somente assim podiam ser readmitidos à celebração eucarística na noite de páscoa. Hoje, os critérios penitenciais são muito menos rigorosos e deixados de preferência à livre iniciativa dos participantes. Nesse dia, a liturgia celebra a "missa do crisma", do grego "chrismon", que significa ungüento; é óleo de oliveira misturado com aromas que o bispo consagra durante a missa do crisma.

Servirá depois para administrar o batismo, a crisma, as ordenações sacerdotais e episcopais; servirá também para a consagração das igrejas, dos altares, dos vasos sagrados, bem como dos sinos. A origem da bênção dos óleos santos e do sagrado crisma é romana, embora o rito tenha marcas galicanas. Há uma determinada seqüência litúrgica que deve ser respeitada, de acordo com o "Pontifical Romano": "Em conformidade com a tradição latina, a bênção do óleo dos enfermos faz-se antes da conclusão da oração eucarística; a bênção do óleo dos catecúmenos e do crisma é dada depois da comunhão. Permite-se, todavia, por razões pastorais, cumprir todo o rito de bênção depois da liturgia da Palavra, conservando, porém, a ordem indicada no próprio rito". Independentemente da bênção dos óleos, tem lugar, logo depois da homilia do bispo, como prescreve o Missal Romano, a renovação das promessas sacerdotais por parte de todos os presbíteros presentes, que, nesse dia, reúnem-se todos em torno do próprio bispo para ter sancionada a consagração sacerdotal.

SEGUNDA, TERÇA E QUARTA-FEIRA SANTAS. A Segunda e Terça-feira da Semana Santa não remontam aos primeiros tempos da liturgia da Igreja Católica. Porém, na Quarta-feira Santa duas celebrações faziam parte da programação: pela manhã, uma reunião comunitária simples com a liturgia da palavra e, ao anoitecer, uma missa. Segundo os princípios da Igreja, esses três dias são uma preparação para o Tríduo Sacro, ou seja, para os dias da Crucificação, Morte e Ressurreição de Jesus.
QUINTA-FEIRA SANTA indica o início do “tríduo pascal” com a celebração da missa vespertina in Coena Domini, na qual se comemora a Última Ceia da páscoa hebraica que Jesus fez com os 12 apóstolos antes de ser preso e levado à morte na cruz. Durante essa ceia "Ele instituiu a eucaristia e o sacerdócio cristão", prefigurando o evento novo da Páscoa Cristã que haveria de se realizar dois dias depois.

O Cordeiro Pascal, a partir dessa ceia, é Ele próprio, que se oferece num voluntário sacrifício de expiação, de louvor e de agradecimento ao Pai, marcando assim a definitiva aliança de Deus com toda a humanidade redimida do poder do mal. A simbologia do sacrifício é expressa pela separação dos dois elementos "o pão" e "o vinho", a carne e o sangue, o Corpo e o Espírito de Jesus, inseparavelmente unidos e separados, sinal misterioso ao mesmo tempo de vida e de morte. Esse evento do mistério de Jesus é também profecia e realização do primado do amor e do serviço na Sua vida e na dos fieis, o que se tornou manifesto no gesto do lava-pés.

Depois do longo silêncio quaresmal, a liturgia canta hoje o Glória. A liturgia da Palavra concentra-se na mensagem do Deus que "salva" desde a primeira aliança celebrada no sangue do cordeiro, por meio do qual Adonai escolhe "os seus", dentro da terra de escravidão, o Egito, até a última aliança marcada na ceia-oferta do próprio Filho. Após a homilia vem a cerimônia do lava-pés feita por quem preside a liturgia para significar que "o serviço" é fundamento do amor; cantam-se, de fato, durante esse rito os responsórios do amor extraídos de João e do apóstolo Paulo. A seguir vem a liturgia eucarística, ao término da qual se tiram as toalhas do altar-mor para indicar o abandono que o Senhor vai encontrar agora; a santa Eucaristia, que não poderá ser consagrada no dia seguinte, é exposta solenemente com procissão interna ou externa à igreja e a seguir recolocada sobre o altar da Deposição até a meia-noite para a adoração por parte dos fiéis. Os paramentos sacros e as vestes litúrgicas têm cor branca. A partir desse momento os sinos silenciam.

SEXTA-FEIRA SANTA é o segundo dia do tríduo pascal: nele se comemora a morte de Jesus na cruz, após um rápido processo. A liturgia celebra este evento, não como dia de luto e de choro, mas na contemplação do extremo sacrifício de Jesus, fonte da salvação universal. Por antiqüíssima tradição, a Igreja não celebra a Eucaristia nesse dia; toda a liturgia do dia gira em torno da proclamação da Palavra. A celebração compõe-se de três partes: - a liturgia da Palavra - a adoração da cruz e a comunhão.

A liturgia da Palavra é toda ela um entrelaçamento das profecias do Antigo Testamento de Zacarias e de Isaías, da dor expressa pelo livro das Lamentações e dos textos do Novo Testamento tirados da primeira carta de Pedro e da leitura da Paixão segundo o Evangelho de um dos sinóticos, em conformidade com o ciclo anual, bem como da morte segundo o evangelho de João; confirmando cada uma das partes o mistério do Filho do Homem, "desprezado, refugo da humanidade, homem das dores e habituado à enfermidade" (Is 53,1-3).

Às quinze horas tem início a liturgia da cruz, com leituras do profeta Isaías e das Lamentações entrelaçadas com textos de Lucas e dos Salmos, a que se segue a Paixão segundo João, que mostra Jesus como rei que percorre livremente o caminho da paixão e da cruz. Depois da leitura da Paixão segundo João, vem o descobrimento da cruz para a adoração. Após o rito da adoração, normalmente expresso pela procissão até a cruz e o beijo em Cristo crucificado, proclama-se a grande oração universal: - por todos os ministros do povo de Deus - pelos catecúmenos - pela unidade das Igrejas - pelo povo de Israel - pelos que acreditam em Deus - pelos que não acreditam em Deus - pelos governantes - pelos que sofrem - por todos os mortos Segue-se a adoração pessoal e silenciosa de cada fiel até as Vésperas do dia seguinte. O altar está totalmente desnudo, sem cruz, sem candelabros, sem toalhas; todas as imagens da igreja estão cobertas; a cor das vestes é roxa; acendem-se luzes de velas somente ao redor da cruz. Tudo deve significar o silêncio sereno da Morte do Justo. Prescreve-se o jejum e a abstinência de tudo o que satisfaça qualquer desejo material.

SÁBADO SANTO é o último dia do tríduo pascal e a vigília da Páscoa da Ressurreição. É chamado de Vigília Pascal, ou Sábado de Aleluia. A liturgia do dia continua sendo a parada junto ao sepulcro do Senhor, com a meditação de sua paixão e morte, sem celebrar nenhum rito litúrgico por todo o dia.No início do cristianismo, o Sábado Santo não tinha liturgia, e a eucaristia não era celebrada. Nesse dia, havia apenas o último exorcismo solene feito pelo bispo. No século II, a Vigília Pascal era marcada pela celebração da palavra, o batismo e a celebração eucarística.

A partir do século IV, teve início a celebração do Sacratíssimo Tríduo do Senhor Crucificado, Sepultado e Ressuscitado. A utilização da expressão Tríduo Pascal só passou a ser usada em 1930.
Mais tarde, no século VII, a Vigília Pascal passou a ter início na tarde do Sábado e a eucaristia era celebrada no começo da noite. As leituras começavam a partir das duas horas da tarde, havia a benção do fogo e o canto "Exulted".

No final das Vésperas ou à noite, segundo as tradições locais, celebram-se os ritos da ressurreição com a "solene vigília pascal". Vigília, do latim "vigília", indica o costume de preparar-se para uma solenidade, vigiando em orações durante a noite precedente; a vigília por excelência é a vigília pascal, vértice do ano litúrgico. Desta vigília é que nasceu depois o hábito de iniciar com uma vigília também outras solenidades, como o Natal e Pentecostes. A vigília adquire significado escatológico à luz da parábola das 10 virgens em Mt 25,6: "À meia-noite, ouviu-se um clamor: ‘Lá vem o noivo! Saí-lhe ao encontro!’" e do convite de ficar sempre atento que Jesus dirigiu aos apóstolos em Mc 13,35-36: "Vigiai, pois não sabeis quando o Senhor da casa voltará, se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo ou pela manhã, para que não suceda que, vindo de repente, vos encontre dormindo".

A noite do Sábado Santo passou a ter as seguintes partes:

Celebração da Luz - Realiza-se perante a fogueira acesa, na qual se acende o círio pascal. A reunião dos fiéis ao redor da fogueira manifesta a participação comunitária. A antiga tradição de acender a fogueira através do atrito entre pedras tem a ver com a alusão a Cristo, que é a pedra angular e que, do túmulo escuro de pedras, nasce como luz para o mundo.

Celebração do Círio - O Círio Pascal nasce da tradição de iluminar a noite com tochas de fogo ou muitas lâmpadas. Elas representam o Senhor ressuscitado como luz nas trevas humanas. Seguir o Círio Pascal em procissão tem grande valor simbólico, pois representa o seguimento de Jesus, que se apresenta como a luz do mundo e lembra o povo de Israel que seguia Moisés na escuridão em busca da libertação, iluminando somente pela fé em Javé.

Liturgia da Palavra - Nove leituras bíblicas, sendo sete do Antigo Testamento e duas do Novo Testamento (epístola e evangelho), que podem ser diminuídas por razões pastorais. Todas estas leituras são entremeadas por salmos ou cânticos, que devem ter, além da proclamação de seu conteúdo específico, a função de dinamizar e animar a assembléia celebrante.

Liturgia Batismal - A Igreja, desde os primeiros séculos, ligou a celebração do batismo à noite pascal, pois esta foi sempre a celebração, por excelência, da realização do batismo na comunidade cristã primitiva.

Liturgia Eucarística - É o coração da vigília pascal. Embora as circunstâncias das comunidades urbanas sejam menos propícias, por questão de transporte e mesmo de violência, muitas comunidades rurais ou de bairros realizam um ágape ou uma confraternização após a celebração da vigília, para comemorar e celebrar de forma festiva este acontecimento fundamental da fé cristã. Quando preparado pela equipe de liturgia ou pelos membros da comunidade, deve-se estimular a participação de todos, pois este evento constitui parte integrante da celebração.

O tríduo pascal termina com as Vésperas do domingo da Ressurreição.

DOMINGO DE PÁSCOA

No início do cristianismo, como a Celebração Pascal celebrada no Sábado Santo durava até a madrugada, não existia uma liturgia própria para o Domingo. Somente após a reforma de 1955 foi que o Domingo de Páscoa passou a ter um caráter verdadeiro. Em uma celebração muito alegre, a comunidade se reúne para exaltar Jesus Cristo, que venceu as barreiras da Morte, e convida todos à Ressurreição.

A Semana Santa deve representar para todos os Cristãos a consumação da Obra que Nosso Senhor Jesus Cristo fez pela humanidade, Amor, Humildade e Piedade.

"Deus é Amor, Amor Magnânimo, que encerra em si todas as Virtudes”.
Paz Profunda

Fonte: Sociedade das Ciências Antigas - SCA

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