A maioria esmagadora dos açudes das bacias hidrográficas no sertão pernambucano está praticamente sem água por causa estiagem.
Poucos reservatórios apresentam um nível
de água acumulada acima de zero, ficando essa exceção para o açude
Salgueiro (no município homônimo) que fica na bacia Terra Nova e está
com 78% de sua capacidade normal; a barragem Lagoa do Barro, na Bacia do
Rio Brígida em Araripina, com 70% da reserva total; e o reservatório
Serrinha II em Serra Talhada na bacia do Pajeú, 48%.
Os valores nas três barragens já
inclui o volume das últimas chuvas registradas neste mês de março. Os
dados são monitorados pela Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos
de Pernambuco.
Pelos números da SRHE, as bacias
hidrográficas que mantêm as maiores reservas no Estado são, nessa ordem,
a do Pajeú, a bacia do Capibaribe e a do Rio Brígida.
E das três maiores barragens do Estado,
a situação mais caótica está em Parnamirim onde o açude Entremontes,
bacia do Brígida, com capacidade total de 339.333 m³ tem apenas 3% desse
valor preenchido. As outras duas grandes barragens são a Francisco
Saboia da Bacia do Moxotó em Ibimirim (504.000 m³ com 21% dessa
capacidade lotada) e a Jucazinho na bacia do Capibaribe no município de
Surubim (327.035 m³ com 52% da lotação de água).
O nível crítico da Barragem de Brotas
(16% do total), no município de Afogados da Ingazeira, motivou uma
audiência pública, marcada para o início de abril. Vários segmentos
sociais vão se reunir na Câmara de Vereadores da cidade do Pajeú para
discutir o uso racional da água de Brotas e apresentar reivindicações ao
governo do Estado.