terça-feira, 26 de março de 2013

Bahia se prepara para realizar cirurgias para troca de sexo




troca de sexo
Aos 14 anos, Jeane Louise descobriu que não era gay como sempre imaginou desde os 9 anos, quando preferia brincar com as meninas e nutria um sentimento secreto por um colega de escola. Depois de muita terapia, conversas e sofrimentos, ela – hoje aos 20 anos – decidiu realizar a cirurgia para mudança de sexo, autorizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde 2008.
Ela e o cirurgião e urologista Roberto Rossi Neto, da Universidade Federal da Bahia, estão lutando para que o procedimento seja feito na Bahia, sem a necessidade de viajar para outro estado ou até mesmo outro país. Assim que eles conseguirem vencer as questões burocráticas do trâmite exigido pelo Ministério da Saúde, Jeane será a primeira transexual feminina a fazer a cirurgia de transgenitalização dentro do estado.
Como qualquer pessoa que se candidate ao procedimento, Jeane tem que esperar completar dois anos de terapia voltada para o chamado transtorno de identidade de gênero, além de contar com o trabalho de uma equipe capacitada e credenciada a um hospital universitário ou credenciado ao SUS para realizar o procedimento, que é muito específico e delicado. Só para se ter uma ideia da complexidade do procedimento, além de Roberto Rossi, apenas seis profissionais realizam o procedimento no país.
Com o retorno do médico à Bahia, após uma temporada de 13 anos atuando na Universidade de Essen, Alemanha, as esperanças de Jeane reascenderam.  Enquanto luta para deixar o corpo físico similar a sua essência, ela luta na Justiça para conseguir mudar o prenome e o sexo nos documentos pessoais.
O transexualismo é a condição do indivíduo que possui uma identidade de gênero diferente da designada ao nascimento, tendo o desejo de viver e ser aceito como sendo do sexo oposto. No Brasil, as pessoas interessadas em realizar a transgenitalização pelo SUS devem, inicialmente, procurar os postos de saúde, que deverão dar início ao processo.
O serviço de atenção básica orientará para o encaminhamento ao serviço especializado, que fará as etapas preparatórias.Entre o pedido até a cirurgia deverão se passar, obrigatoriamente, dois anos, período no qual  o paciente vai se submeter a um acompanhamento psicológico, pois uma vez que a cirurgia é realizada, o procedimento é  irreversível.
Na Bahia, o Hospital das Clínicas (Hupes/Ufba) seria o centro universitário que realizaria os procedimentos. No entanto, a falta de formação de equipes capacitadas impossibilitou, até agora, a transgenitalização no estado. Até então, as pessoas interessadas em realizar o procedimento precisavam viajar para outros estados, para o chamado tratamento fora do domicílio. Pela alta complexidade e novidade, a cirurgia não é feita na rede particular e o custo estimado para realizar a mudança de sexo é de R$ 20 mil.
O acompanhamento depois da cirurgia é fundamental para o sucesso e deve durar, pelo menos, dois anos, quando o paciente – que precisa ter 21 anos – usa o stent vaginal para impedir que o corpo feche o novo espaço, a neovagina. (Do Correio 24h)

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